O futebol feminino
ainda luta para conquistar espaço em nosso país e vencer o preconceito. Embora
muitos avanços já tenham sido obtidos, entre os quais a recente aprovação de
uma lei que determina a criação de equipes femininas desse esporte em todos os
grandes clubes, há muito para ser feito nessa área. Nesse sentido, algumas
iniciativas promissoras vêm sendo colocadas em prática.
Segundo Antônio Carlos
Campanha, dono e professor de Educação Física da escola América Futebol
Society, em Santo André, o futebol é o esporte por excelência do brasileiro,
porém, ainda existe um enorme preconceito quando se trata de futebol feminino.
Ele diz que enfrentou muitas dificuldades para conseguir formar uma equipe de
meninas em sua escola e que no começo foi muito difícil. O professor explica
que muitas vezes o incentivo parte somente depois de uma certa idade, e até
hoje ele só consegue jogadoras com idade superior a 15 anos, o que dificulta a
formação de novas atletas.
O sócio da América
Futebol Society e também professor, Vinícius Vicentini, vai além e diz que a
questão é absolutamente cultural quando se trata de futebol feminino. “Desde
pequenos, os meninos são levados a escolinha para praticar futebol e as meninas vão ao balé. Por que não pode ocorrer
o contrário?” A pouca atenção da mídia dada a esse assunto, sobretudo quando se
trata de campeonatos disputados por mulheres, também exerce uma influência
negativa.
Pensando na inclusão
das meninas e também para incentivar a prática do futebol entre elas, o
professor Antônio vem promovendo campeonatos femininos, com o objetivo de
combater o preconceito que impera em nossa sociedade de que futebol é somente
coisa de homem.
Reportagem Bárbara Camile B
Comentários
Postar um comentário